Sou como Júpiter, um astro de dimensões titânicas entre os demais; mastodôntico, grandioso, de atmosfera tempestuosa, vivo em conflitos pessoais que se somam tornando-se uma gigantesca faca de dois gumes. Possuidor da maior gravidade entre os astros ao redor, sugo tudo para mim, tudo! O que quero, o que repudio, tudo de melhor está por perto, só me basta querer, apenas querer que o algo esteja lá.
Ela é Vênus, outro astro grandioso de nosso sistema; composto de um material leve, frágil, de baixa densidade, mas fervilhante como magma, tão quente ao ponto de carbonizar tudo que ouse chegar perto! Desconhecedora de camadas gasosas, ela é suscetível à radiação solar que tudo destrói, não a ela, ela não se destrói, esquenta cada vez mais, quase se liquefazendo de tão energética, ela chega a querer brilhar por si só, e entre os astros ela consegue com facilidade.
Quem poderia imaginar Júpiter querer se aproximar de Vênus? Quem poderia sonhar com Júpiter e Vênus?
Ele a desejou, e seu magnetismo era tão intenso que conseguir uma aproximação tornou-se algo inevitável. No início era tudo descoberta, era novo, era único; mas Júpiter não pode conter-se, seu conflito pessoal entre ficar e sair não o permitia se apaixonar. Por mais que ele quisesse, Vênus não poderia ser seu universo!
Pobre Júpiter, perdeu-se em suas dores sem razão, sem motivo.
Vênus, por outro lado, apaixonada incondicionalmente, em dado momento percebeu que o "tudo", era muito pouco para ela, era pouco demais, ela precisava de mais, e por mais que Júpiter fosse intenso, ele não pôde fornecer a energia necessária para manter seu calor; a verdade é que eles são de naturezas muito parecidas, descendentes do fogo nunca poderiam permanecer juntos! Separaram-se e foi o fim dos tempos para ambos. Não ter Vênus era como viajar por um buraco negro sem chance de sair, era perder-se em sentidos, sua força enfraquecia. Vênus se sentia igual, o sol já não era suficiente para supri-la, ela precisava da dúvida dele, precisava de suas tempestades; a verdade é que uma vez juntos, um precisava do outro pelo simples fato de serem iguais, são os mesmos e por mais que não desse certo, eles se completavam de uma forma absurdamente única.
Um dia eles se encontraram novamente, e tantas conversas saíram daí. O fato é que a decisão só poderia caber a ambos, e hoje, ambos brilham com força extrema por terem entendido. Uma vez juntos um passou a pertencer ao outro, e ninguém poderia entender sua escolha de viver suas vidas separadamente, ninguém senão eles. (assim sem detalhes nem rodeios para finais).
É, eu escrevo "tronou" em vez de "tornou"
ResponderExcluire outros erros mais...!
é a nordestinês
ResponderExcluirno interior o pessoal fala assim!
Já estou começando a me sentir repetitiva por toda vez querer comentar que você me tirou as palavras!
ResponderExcluirE aí você começa a surpreender também pela versatilidade.
Tá aí Rique mostrando que pode escrever conto (ou seria autobiografia metafórica?).
Parabéns e muito obrigada!