sábado, 19 de fevereiro de 2011

Saudade




Do lat. solidate, soledade, solidão. atr. do arc. soydade, suydade com influência de saúde. sf.(a) 1. Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhado do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las.

Mas para mim, saudade é aquilo que sinto quando meu dia, regado a café e bolinhos de queijo, irradia os olhos mulatos e dissimulados; é o saudosismo aparente que provém dos movimentos suntuosos de uma cintura díspar.
Saudade não é medo, contradição ou masoquismo. É, sim, aquela vontade de receber um abraço apertado antes de deitar-me após dia de enfadoso trabalho.

No plural, saudades são mãos trêmulas, morderes de lábios e uns tantos sentimentos mistos que se consagram únicos, antes mesmo de existirem.

A saudade nunca vem desacompanhada, e por muitas vezes, é precursora da aceleração cardíaca que sofro ao vê-la descer a escadaria para cumprimentar-me; ou é acompanhante das longas noites em que passo horas esperando meu mensageiro eletrônico indicar aquela ímpar onipresença de meus dias.

É abraçá-la com ímpeto, com afeto, dilacerar olhares por entre almofadas e beijos escondidos. A minha saudade surge ao deitar e se intensifica ao alvorecer.

Saudade é singular e plural única harmonia; é todas essas explicações e, pelo menos, mais algumas tantas.

Nota do autor: Se pudesse, matava minha saudade à cada instante. E minhas doses semanais de tua presença, seriam noite e dia ao teu lado.