sexta-feira, 3 de junho de 2011

Me abrace




Me abrace.

E faça isso sem dizer nada ou esfregar minhas costas concomitantemente. Me abrace, porque a priori eu não desejo teus olhares ou cobiço teu corpo. Sinto a falta é de teu abraço!

A verdade é que os olhos podem ser inexpressíveis, meu bem. E inexpressíveis também, podem ser as palavras proferidas. Por isso, não os quero; quero, sim, teus braços me envolvendo e teu rosto perto do meu, assim, sem beijo nem nada, só pra sentir o perfume de teus cabelos.

Pode ventar, fazer sol, ou até chover. Eu só quero o teu abraço nesse domingo frio. É que ele anda em falta no mercado onde passo minhas manhãs; e você conhece meus vícios, não é?

Me abrace forte e prolongadamente, querida; faça isso para que eu possa reaver o sentido que perdeu-se nas esquinas, onde caminho frequentemente.

Não é como pedir o mundo, é só...

Só me abrace... Como aquela dose de chuva que compartilhamos outrora.

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