quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

João, Ana ou Daiane Pessoa






Daí ela não soube ao certo se o teto girava ou era o chão quem reboleava aos seus pés. De fato, uma analogia correta seria dizer que de borocoxô não havia se quer a pontinha.

Era assim: quando só, buscava qualquer abraço mais sincero, qualquer olhar brando e mais singelo; quando acompanhada, era o dilema entre depositar tudo em outrem e o medo de apegar-se a algo fugaz que viria a acabá-la por frangalhos.

O mar da sexta-feira, para ser sincero, nenhum deles viu, mas as meias de Ana estavam encharcadas. Molhadas como seus olhos perante a pressão que sofreu.

E cortou-me o coração ver toda a cena.

Corto-me o coração quando a vejo serena.

No entanto há certa continuidade em tudo que ocorreu. Pois assim como em mim, nela havia beleza, sagacidade e esperança.

Tudo isso em Ana.

4 comentários:

  1. Um segredo para os leitores: No sonora do post, Novos Baianos canta A Menina Dança.
    :D

    Exegese à vontade!

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  2. Muito bom, Henrique!
    A gente só ouvia Novos Baianos por aqui essa semana! :D

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  3. Ah, Mari, obrigado!
    Oxe, Novos Baianos é, pra mim, a maior cara de João Pessoa. :D

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  4. A Jaai no balanço. kkk. :P

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