quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Precauções

Tomei o cuidado de pôr o cinto de segurança, de dar as mãos antes de passear, olhar os dois lados ao cruzar a rua, rezar antes de dormir, fazer o café da manhã no aniversário de mamãe, compor várias músicas para a namorada, dizer a todos que são amados, confiar no que me mostravam.

Estava confuso com o certo e o errado, talvez eu errasse sem perceber. Foi meu momento, meu!

E havia um ar de sadismo no sorriso enigmático. As doses eram para esquecer a responsabilidade que me cobravam, os gritos eram para soltar algo que não saía.

Os momentos não foram; SÃO para ser lembrados. Sempre e sempre.

Ainda vai doer muito, mas não é tua essa dor, é minha. Se quiseres ajudar, lembre, lembre! Será que podes lembrar?

2 comentários:

  1. Acho que esquecer, esquecer, a gente não esquece. Mas se as doses levarem ao grito, abro uma cerveja com você. Sou a favor do grito, da sensação de libertação que ele provoca.
    E as dores nunca são só nossas, por natureza humana nós somos seres sociais. A partir do momento em que você se inclui num certo círculo social, toda e qualquer ação que afete você, afetará o resto do grupo.
    Entende?
    Você não está sozinho, nunca esteve, nem nunca estará, mesmo que você deseje profundamente que isso aconteça.
    ;**

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  2. Realmente, sozinho nunca estou, ainda que queira! (acho que eu quem vivia te falando isso à um tempo atrás)

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